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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

MARIA MADALENA E O SANTO GRAAL de Margaret Starbird

Livro 23

(Subtítulo: “A mulher do vaso de alabastro”)

Na capa do  livro de Margaret Starbird há indicação de que é um dos que inspiraram “O Código Da Vinci” de Dan Brown.
A autora que inseriu em sua obra inúmeros quadros antigos e imagens que indicavam o simbolismo do "sagrado feminino", o Santo Graal, a própria Maria Madalena, esposa de Jesus, não se aproveitou da célebre pintura “A Santa Ceia”, de Leonardo Da Vinci como fez Dan Brown em seu “O Código Da Vinci”.



















A essência do livro se refere à possibilidade de ter sido Jesus casado com Maria Madalena e, nessa condição, não tinha ele, a tão apregoada pureza sexual.

Nos primórdios do catolicismo, essa ideia era rejeitada de modo radical. No prefácio de livro, o Rev. Terrance A. Sweeney, Ph.D critica a Igreja pela sua posição antissexual, descrevendo religiosos que chegaram ao extremo: “Justino Mártir era tão avesso à intimidade conjugal que não podia imaginar Maria concebendo Jesus por meio do sexo. Em vez disso, ele afirmou que ela concebeu ainda virgem. Orígenes, que acreditava que Jesus fizera voto de castidade, castrou-se a si mesmo.”

A Autora era (ou é) católica fervorosa e ao ler o livro “O Santo Graal e a linhagem sagrada” decidiu pesquisar para desmentir seus autores que imaginava faria com facilidade mas, à medida que avançava nos estudos percebeu que a “heresia Maria Madalena” possuía inúmeros indícios que poderiam indicar a sua veracidade, isto é, de que fora ela esposa de Jesus.

Essa ideia crescente nos primeiros séculos foi violentamente combatida pela Igreja.

Nesse passo, passou a predominar aquilo que a autora qualifica como prejuízos da predominância do masculino (), nas relações com o mundo. O equilíbrio entre o masculino e o feminino fora rejeitado, significando, com a predominância do homem, materializou-se um mundo, ao longo dos séculos, belicoso, “brandindo armas irresponsavelmente, atacando com violência e destruição.”

Não houve, então, a união espiritual dos Noivos, o que constituiria o sagrado feminino representado por Maria Madalena, qualificada nas escrituras como prostituta. Jesus não poderia ter uma esposa...

Maria Madalena - o Santo Graal - fora alijada, então, desse equilíbrio de sentimentos.

[Nestes tempos tecnológicos, não houve de modo decisivo em considerar a natureza como elemento de inspiração a ser respeitado, advindo a poluição ameaçadora e, no tocante ao celibato católico, os escândalos da pedofilia – por muitos anos abafados pelos escalões da Igreja].

Jesus, casado com Maria Madalena, fora condenado pelos romanos não só pela blasfêmia ao se opor aos sacerdotes mas também pela insurreição latente  que ele personificava. A cada dia aumentavam seus seguidores que aceitavam suas pregações e milagres.

Por esses crimes, que resultaram na sua crucificação, sua família corria perigo sério de severas represálias pelo poder romano. 

Guiada por José de Arimatéia – amigo de Jesus – Maria Madalena viajou para o Egito, Alexandria, grávida.

Ela era o Santo Graal. O Sangraal - o sangue real. ()

Deu a luz a uma menina que seria filha de Jesus. Estranhou muito porque esperava um menino que seria o condutor de outras profecias bíblicas.

Mas, assim não se deu.

Fugitiva, esquecida, tomou seu lugar, Maria, a mãe de Jesus que tivera outros filhos. Em muitas imagens e lendas a referência a Maria Madalena fora trocada por Maria mãe de Jesus considerada virgem fora posta como a figura feminina a ser reverenciada.

Mas não a Noiva de Jesus.

Na capa do livro há referência à mulher do vaso de alabastro.

O vaso de alabastro, um tipo de cerâmica era utilizado para acondicionar óleos e produtos especiais, como o perfume naqueles tempos.

A autora acredita que a passagem do Novo Testamento, em Marcos, 14,3, a mulher ali referida, que derramou unguento perfumado de muito valor sobre a cabeça de Jesus, fora Maria Madalena.

Relata a autora a vida espiritual dos cátaros, que tinham as mulheres num mesmo nível e direitos dos homens. Levavam vida simples, eram vegetarianos, praticavam o evangelho nos seus mandamentos originais. Não reverenciavam a cruz e a crucificação porque representavam sofrimento. Não precisavam de sacerdotes nem de igrejas. O evangelho era difundido nas casas de seus moradores. Rejeitavam, então, os dogmas distorcidos da Igreja que no seu âmago, identificavam-se pela soberba, pela vaidade e pelo autoritarismo.

Tanto que a inquisição, atacando a região da Provença, França, em 1244 vencendo a resistência dos cátaros que se recusavam a seguir os dogmas da Igreja, cerca de 200 deles foram queimados vivos.

Por tudo, insiste a autora a falta do “sagrado feminino”, um fator de equilíbrio nas ações humanas.

Há muito mais no livro.




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