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segunda-feira, 8 de abril de 2019

A VIDA MÍSTICA DE JESUS de H. Spencer Lewis

Livro 57


O Autor de "A Vida Mística de Jesus" fora “Imperator da Ordem Rosacruz - AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosacruz)”. (*)

Nos meus tempos de juventude estive engajado à AMORC e em termos de encaminhamentos e até autoajuda num nível de meditação e exercícios superiores, aquele período foi satisfatório.

No tocante ao livro, não é "fácil" sua leitura se considerarmos os evangelhos e a visão diferente do Autor em muitos episódios da vida de Jesus.

Pede o Autor, por isso, que "aqueles que, levados por uma sinceridade ortodoxa rejeitarem grande parte do que este livro contém, só posso dizer: "guarde, apenas, o que bem lhe parecer".

Toda a pesquisa, revela o Autor, fundara-se em viagens a Jerusalém, Galileia e revelações encontradas em documentos antigos a que teve acesso, registrados pela Grande Fraternidade Branca que tivera origem no Egito, nos tempos do faraó Aknaton - que impusera o deus único, reverenciando o sol - e também da Fraternidade dos Essênios, grupo místico  que prestava caridade aos necessitados, inclusive de cura mas internamente, na sua essência, se constituía numa escola de iniciação e ensinamentos.


O Autor se refere mesmo ao Tibete que poderia Jesus ter visitado se a sede da Grande Fraternidade Branca estivesse já lá instalada. Historicamente a constituição do Tibete se dera nos tempos do nascimento de Jesus. A capital Lhassa, histórica, de onde teria recebido Jesus manuscritos de um templo budista existente na cidade só seria fundada séculos depois do seu nascimento. 

Porém, no livro "Mistérios e Magias do Tibete" o Lama Kazi, entre os ensinamentos que ministrava à Autora Chiang Sing diz: "Esse sexto raio cósmico (dourado) é regido pelo bem-amado Mestre Ascensionado Jesus Cristo que - segundo provam nossos livros santos - foi iniciado nos templos tibetanos".
Nesse livro há também referências à Grande Fraternidade Branca (**)


Ensinamentos budistas fizeram parte da instrução de Jesus, quando ainda jovem e chamado de José.

Mas, a sua instrução mística se dera fundamentalmente na Índia, na cidade de Jaganate, atual Puri, que fora o centro do "budismo puro". Seus estudos, inclusive com o aprendizado de línguas, também na Índia, se deram em Benares.

Diz um dos artigos de fé essênios que Deus é essência e que "o ego humano provém de Deus e é uno como Deus. Por conseguinte é eterno e imortal." 

O Autor qualifica Jesus como o maior dos mestres, o avatar que nenhum outro superou em divindade, espiritualidade e conhecimento.



















Naqueles tempos, antes da vinda de Jesus, os judeus tinha influência, até porque no seu meio havia os banqueiros e comerciantes mas muitos e a maioria iletrada se ressentiam da opressão de Roma, eles que eram "o povo escolhido de Deus".

A religião era o judaísmo. 

Então esperavam um libertador, um messias.

Afinal, Moisés os libertara do jugo egípcio.

Os pais de Jesus viviam na Galileia pelo que rejeita o Autor que seja Ele, nazareno. 

Isso porque nos tempos de Jesus, na Galileia, não havia nenhuma cidade denominada Nazaré que só surgiria posteriormente.

Quanto aos "nazarenos" defende o Autor, que eram assim chamados pelos judeus todos os estrangeiros que não professavam sua religião que poderiam pertencer a uma seita secreta. 

Rejeita também a ligação dele como descendente da casa de David. Jesus jamais fizera essa ligação como seu descendente.

Os pais de Maria foram Joaquim - sumo sacerdote da Grande Fraternidade Branca - e Ana que ao engravidar, estabelecera-se que se fosse uma menina seria considerada uma futura vestal.

Aos doze anos, dando mostras de que poderia gerar, os Sumo Sacerdotes da Fraternidade convocaram viúvos que poderiam desposar Maria.

José foi o escolhido, até porque era membro da comunidade essênia.

Protestou pela sua idade.

Voltou ao trabalho na construção de uma casa, era marceneiro e pedreiro, e depois de seis meses, quando retornou, Maria estava grávida. José se desesperou, mas, à noite ouviu do Mestre:

"Nada receies, porque o que ela concebeu, do Espírito Santo é, e terá um filho e as Hostes Celestiais o chamarão Jesus porque nele estará o Espírito Santo, por obra da palavra de Deus."

Mas, José para fugir de más interpretações resolveu viajar e nas proximidades do dia do parto, se refugiara com a mulher numa caverna.

A essa caverna vieram os Magos perguntando do "Grande Rei", ao que José respondeu:

"Vou a Judeia com o Filho de Deus, não o Rei, porque seu Reino não é deste mundo, mas sim dos corações humanos."

Ao saberem os Magos das ameaças de Herodes, preocupado com o nascimento de um grande rei, avisaram a José e Maria, oferecendo-lhes ouro, incenso e mirra. 

E José e Maria seguiram a viagem por outro caminho.

Então Jesus não nasceu numa manjedoura como preconizaram os "primeiros Santos Padres da Igreja". Aquela gruta do nascimento era um local preservado pelos essênios.

A estrela anunciando o nascimento de um Avatar foi observada por certo tempo antes do nascimento e os Magos, Iniciados,  compreenderam o seu significado, saindo, então, em busca do recém-nascido, que seria considerado, o Mestre dos Mestres. 

Naqueles tempos os judeus tinham poder por terem em seu meio, banqueiros e comerciante, mas muitos – e a maioria iletrada – se ressentiam da opressão de Roma, eles que eram um “povo escolhido por Deus.”

Então, esperavam um libertador, um Messias. Não fora Moisés quem os libertara do jugo egípcio?

Os pais de Jesus eram gentios, isto é, não judeus e não descendentes, como ele próprio, como afirmam as escrituras, da “Casa de Davi”. Afirma o Autor que não há na Bíblia qualquer afirmação de Jesus sobre essa ascendência.

E a sempre questionada data de nascimento de Jesus…
No Evangelho de Mateus, ele nascera no tempo de Herodes. Em Lucas nos tempos em que Cirênio governava a Síria…

Mas, o reinado de Herodes terminou em 4 AC e Cirênio foi governador da Síria entre 4 anos mais 1 AC e posteriormente até 6 anos DC.

Haveria nessas datas um diferença de cerca de cinco anos a frente da data aceita do nascimento de Jesus e o mês seria abril ou maio.

O 25 de dezembro foi adotado como data simbólica do nascimento porque nessa data nasceram figuras históricas destacadas. Mencionando um exemplo: “Osíris, filho da santa virgem e deusa Nut, nasceu em 25 de dezembro e nesse mesmo dia celebravam os gregos o nascimento de Hércules. Também Baco e Adônis nasceram em 25 de dezembro.”

Então era data marcada pelo nascimento de outros Avatares.

A Bíblia nada informa sobre os primeiros anos da vida de Jesus.

A despeito de ser um personalidade divina, a maior de todas, ele precisaria receber educação “para que pudesse empregar a palavra...” e transmitir as mensagens que deixaria para o mundo, uma espécie de “divisor de águas”, sem prazo para serem superadas ou esquecidas.

Essa instrução foi ministrada no Grande Colégio e escola superior, mantidos pelos nazarenos e essênios situados no monte Carmelo: “A crônica de Seu ingresso na escola de Carmelo revela que Ele para lá fora com o nome de José, filho de Maria e José, e reencarnação de Zoroastro, o Filho de Deus.”.

Nesses tempos de estudo sua sabedoria já com pouca idade surpreendia os sábios eruditos judeus. E também foi adquirindo Jesus, o poder de cura.

Ao passar por todas as provas e mantida a fé inabalável, na condição de Grande Mestre passou a ser chamado de Jesus. Mais tarde, numa solenidade da qual participaram os Mestres Supremos da Fraternidade Branca fora ele proclamado o Cristo, o Salvador tendo início a missão de Redenção.

Relata o Autor a cena seguinte durante o batismo de Jesus, por João:

“Quando Jesus se levantou (das águas), e antes que João pudesse falar, um vivo fulgor desceu dos céus, envolvendo Jesus e nele permanecendo como aura grandiosa, ofuscante, de iridescente iluminação. João recuou, mais por medo do brilho intenso do que por espanto, e a multidão ficou aterrorizada, muda, fascinada pela visão que tinha ante seus olhos.”

A crucificação não fora obra dos judeus mas por ordem de Roma. E fora ele apontado aos soldados romanos por Judas, já que ele e seus apóstolos, vestiam-se de branco.

Pilatos vacilou muito em ordenar a crucificação de Jesus e tentou adiar o castigo. 

Mas, ao ser crucificado, chegou ordem provinda de Tibério que instruía Pilatos a revogar a ordem e adiar todo o processo até que Cireneu fizesse investigação mais completa. Enquanto isso, Jesus deveria ser colocado em liberdade.

Por causa disso, os membros de Jesus não chegaram a ser quebrados.

Fora retirado da cruz muito ferido na madrugada por José de Arimatéia e outros essênios sob forte chuva.

Foi cuidado pela comunidade essênia embora Jesus tenha usado todos os seus poderes para recuperar a energia e a consciência de seu corpo.

Não houvera, então, a ressuscitação corporal e a subida aos céus.

Depois de recuperado voltou a instruir seus apóstolos até se afastar definitivamente da vida pública, permanecendo num dos aposentos do monte Carmelo.













Poderá ter vivido até aos 70 anos.

Para o Autor, a cruz se tornou um símbolo que traduz as experiências a serem enfrentadas pelos homens e a rosa vermelha no seu centro desabrochando à medida que a alma evolui no sentido da divindade.

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 (*) O livro está disponível no mercado livreiro.
(**) Sobre "Mistérios e Magias do Tibet", acessar livro 10, no link abaixo: