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sábado, 11 de novembro de 2017

OS EXILADOS DA CAPELA de Edgard Armond

Livro 29

Relendo esse pequeno livro me dei conta de que suas páginas podem não ser muito organizadas do ponto de vista dos relatos. Sendo edição não esmerada talvez resida aí essa constatação.
As proposições que o autor explana no livro, diz ele, seriam intuições não necessariamente prestigiadas por círculos religiosos e espíritas.













Começa o autor descrevendo onde se situa a estrela Capela, na Constelação do Cocheiro. Capela é uma estrela “inúmeras vezes maior que o Sol” distando da Terra cerca de 45 anos-luz ou seja, 45 seguido de 12 zeros.

Nessa estrela vivem seres, almas em alto grau de evolução mas que contava com espíritos que não se coadunavam com o nível espiritual alcançado.

E esses seres inadaptados àqueles sentidos superiores da Capela, foram exilados naqueles períodos remotos que se perdem na escuridão do tempo. Foram designados a encarnar na Terra com a missão de auxiliar os nativos em sua evolução material e espiritual.

Para aqueles indivíduos primitivos, selvagens, que aqui viviam, esses exilados que foram nascendo na Terra passaram a ser vistos como deuses.

Mas, a vida na Terra: “E quando os anjos – Os Filhos do Céu – as viram (‘as Filhas da Terra’), por elas se apaixonaram e disseram entre si; vamos escolher esposas da raça dos homens e procriemos filhos”.

“Compreendemos afinal que Adão e Eva constituem uma lembrança dos espíritos degredados na paisagem escura da Terra, como Caim e Abel são dois símbolos para a personalidade das criaturas”.      

Caim e Abel seriam “símbolos das tendências do caráter dessas legiões de emigrados, formados em parte, por espíritos rebeldes, violentos e orgulhosos...”

E, ademais:

Caim e Abel não poderiam ter sido os primeiros filhos de Adão e Eva (o "primeiro casal") porque Caim se casou com mulher da Terra:

“É, pois, evidente que os capelinos, ao chegar, já encontraram o mundo habitado por outros homens.”

Mas, a degeneração que se verificara, mesmo com os exilados, medidas reparadoras foram impostas pelas divindades crísticas para que a Terra fosse purificada - como se deu com o dilúvio.

O livro prossegue fazendo proposições sobre o submersão da Atlântida – que deu o nome ao Oceano Atlântico – e a Lemúria nesses ciclos evolutivos em períodos milenares. Esses fenômenos resultaram em novos continentes no planeta.

Diz o autor que os atlantes tinham profundo conhecimento das leis da Natureza, terra, água e ar. Conheciam a metalurgia e no que concerne ao ouro, era abundante. “Cultivavam a magia negra e utilizavam-se grandemente dos elementais e de outros seres do submundo”.

Nas partes finais do livro, o autor enaltece a presença de Jesus Cristo na Terra, seus evangelhos e seu sacrifício de salvar a humanidade, porque o “pecado original não podia ser apagado senão com sangue”.

E foi no Calvário que os pecados foram resgatados por Jesus, “pelo preço do seu sangue, afastando dos homens, a responsabilidade do “esforço próprio para a redenção espiritual”.

[Há que reconhecer que a história de Jesus representa realmente um antes e um depois. Fico a imaginar como estaria a humanidade se parte dela não tivesse a oportunidade de se valer dos Evangelhos e à sua própria passagem pela Terra].

Na última parte da obra há previsões apocalípticas provindas de várias fontes que se referiam a grandes catástrofes iminentes no fim do século passado e início deste por suposta aproximação de astro celeste cujos efeitos seriam “tenebrosos” para a humanidade, mas que novamente depuraria a Terra exilando os pecadores incorrigíveis, como se dera na depuração da Capela.

Nada ocorreu até agora embora a Terra, no geral, venha enfrentando tempos difíceis, de violência crescente, de egoísmos exacerbados, de desprezo ao que mais necessitam, imoralidade e, sobretudo, com a devastação ambiental que afeta de modo irreversível o clima do planeta.
Nota-se até com facilidade que nosso planeta é composto de almas que se situam em estágios evolutivos diferentes: ao lado de um sábio pode estar um assassino degenerado respirando o mesmo ambiente.

Lê-se o livro de Edgard Armond com facilidade. A leitura é leve e há muito mais a refletir.




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