Livro 29
Relendo esse pequeno livro me dei conta de que suas páginas podem não ser muito organizadas do ponto de vista dos relatos. Sendo edição não esmerada talvez resida aí essa constatação.
Relendo esse pequeno livro me dei conta de que suas páginas podem não ser muito organizadas do ponto de vista dos relatos. Sendo edição não esmerada talvez resida aí essa constatação.
As proposições que o autor explana no livro, diz ele, seriam intuições
não necessariamente prestigiadas por círculos religiosos e espíritas.
Começa o autor descrevendo onde se situa a estrela Capela, na
Constelação do Cocheiro. Capela é uma estrela “inúmeras vezes maior que o Sol”
distando da Terra cerca de 45 anos-luz ou seja, 45 seguido de 12 zeros.
Nessa estrela vivem seres, almas em alto grau de evolução mas que
contava com espíritos que não se coadunavam com o nível espiritual alcançado.
E esses seres inadaptados àqueles sentidos superiores da Capela, foram
exilados naqueles períodos remotos que se perdem na escuridão do tempo. Foram
designados a encarnar na Terra com a missão de auxiliar os nativos em sua
evolução material e espiritual.
Para aqueles indivíduos primitivos, selvagens, que aqui viviam, esses
exilados que foram nascendo na Terra passaram a ser vistos como deuses.
Mas, a vida na Terra: “E quando os anjos – Os Filhos do Céu – as viram (‘as
Filhas da Terra’), por elas se apaixonaram e disseram entre si; vamos escolher
esposas da raça dos homens e procriemos filhos”.
“Compreendemos afinal que Adão e Eva constituem uma lembrança dos
espíritos degredados na paisagem escura da Terra, como Caim e Abel são dois
símbolos para a personalidade das criaturas”.
Caim e Abel seriam “símbolos das tendências do caráter dessas legiões de
emigrados, formados em parte, por espíritos rebeldes, violentos e orgulhosos...”
E, ademais:
Caim e Abel não poderiam ter sido os primeiros filhos de Adão e Eva (o "primeiro casal") porque Caim se casou com mulher da Terra:
“É, pois, evidente que os capelinos, ao chegar, já encontraram o mundo
habitado por outros homens.”
Mas, a degeneração que se verificara, mesmo com os exilados, medidas
reparadoras foram impostas pelas divindades crísticas para que a Terra fosse
purificada - como se deu com o dilúvio.
O livro prossegue fazendo proposições sobre o submersão da Atlântida –
que deu o nome ao Oceano Atlântico – e a Lemúria nesses ciclos evolutivos em
períodos milenares. Esses fenômenos resultaram em novos continentes no planeta.
Diz o autor que os atlantes tinham profundo conhecimento das leis da
Natureza, terra, água e ar. Conheciam a metalurgia e no que concerne ao ouro,
era abundante. “Cultivavam a magia negra e utilizavam-se grandemente dos
elementais e de outros seres do submundo”.
Nas partes finais do livro, o autor enaltece a presença de Jesus Cristo
na Terra, seus evangelhos e seu sacrifício de salvar a humanidade, porque o “pecado
original não podia ser apagado senão com sangue”.
E foi no Calvário que os pecados foram resgatados por Jesus, “pelo preço
do seu sangue, afastando dos homens, a responsabilidade do “esforço próprio
para a redenção espiritual”.
[Há que reconhecer que a história
de Jesus representa realmente um antes e um depois. Fico a imaginar como
estaria a humanidade se parte dela não tivesse a oportunidade de se valer dos
Evangelhos e à sua própria passagem pela Terra].
Na última parte da obra há previsões apocalípticas provindas de várias
fontes que se referiam a grandes catástrofes iminentes no fim do século passado
e início deste por suposta aproximação de astro celeste cujos efeitos seriam “tenebrosos”
para a humanidade, mas que novamente depuraria a Terra exilando os pecadores
incorrigíveis, como se dera na depuração da Capela.
Nada ocorreu até agora embora a Terra, no
geral, venha enfrentando tempos difíceis, de violência crescente, de egoísmos exacerbados,
de desprezo ao que mais necessitam, imoralidade e, sobretudo, com a devastação
ambiental que afeta de modo irreversível o clima do planeta.
Nota-se até com facilidade que nosso planeta
é composto de almas que se situam em estágios evolutivos diferentes: ao lado de
um sábio pode estar um assassino degenerado respirando o mesmo ambiente.
Lê-se o livro de Edgard Armond com facilidade. A leitura é leve e há muito mais a refletir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário