LIVRO 51
Fazendo
uma pausa nos livros ditos “cabeça”, li a obra “O Negociador”
do escritor inglês Frederick Forsyth.
O
livro mais famoso de Forsyth é “O Chacal”, muito bem
desenvolvido inspirador de filmes, com um final inesperado, porque
havia um informante entre as forças policiais que tentavam prender o
“chacal” que ameaçava matar Charles de Gaulle, presidente da
França.
Forsyth
não se inibe em suas obras de ficção se valer de nomes de
personalidade reais.
No
“O Negociador” há, também esse ingrediente.
Sua
leitura significou momentos agradáveis com o desenrolar da história
sem que tivesse que me preocupar muito com signficados ocultos do
pensamento do autor, como se deu na maioria dos outros livros
resenhados.
Quinn,
o negociador sofre duro revés mas é daqueles herois que, num dado
momento, tudo passa a dar certo.
Unem-se
numa conspiração magnatas do petróleo pela falta de iminente do
produto. Os conspiradores soviéticos pensam em invadir o Iran e se
apossar das suas reservas; nos Estados Unidos a conspiração tem por
objetivo derrubar o governo da Arábia Saudita nomeando um príncipe
que defenderia os interesses americanos na produção petrolífera.
Mas,
esse conspiração inclui também a indústria bélica que seria
afetada pelo acordo de redução de armas firmado em Nantucket (*)
pelo presidente John Cormack dos Estados Unidos e pelo secretário
geral do Partido Comunista da União Soviética, Mikhail Gorbachev (o
nome do presidente dos Estados Unidos é fictício, mas não de
Gorbachev).
Então
a ideia dos conspiradores era atacar moralmente o presidente
americano e como consequência revogar o acordo de paz.
E
na consecução do plano foi sequestrado o filho do presidente
americano que estudava na Inglaterra, Oxford, o jovem Simon.
Esse
crime é praticado, morrem os seguranças do jovem no momento do
sequestro, criando desde logo um clima apreensão ao casal
presidencial.
Em
caráter de urgência é lembrado o negociador Quinn que se
aposentara e cultivava uvas na Espanha.
Sendo
Simon o filho do presidente dos Estado Unidos, após relutar muito,
aceita a missão de negociar com os sequestradores.
Começam
os contatos entre Quinn e Zack (o chefe dos sequestradores) e as
negociações com o passar dos dias vão prosperando até que, menos
de um mês depois do sequestradores o acordo é fechado mediante o
pagamento de dois milhões de dólares em diamantes.
Na
hora de ter de volta o jovem sequestrado, ao contrário do combinado,
Quinn e deixado na estrada e o jovem libertado pouco mais a frente.
Simon
volta pela estrada em direção a Quinn mas a uns 300 metros é
explodido e morto por um artefato inserido dentro do cinto que lhe
fora dado por um dos sequestradores ainda em cativeiro.
Quinn
e desmoralizado, colocado sob suspeita mas as autoridades americanas,
convencidas pela agente Sam, que se tornara amante de Quinn de que
era ele inocente, conseguindo que ele próprio saisse a caça dos
sequestradores.
Descobre-se
que o explosivo fora fabrição soviética. As autoridades e membros
da KGB não podiam acreditar nessa versão, mas foram convencidos da
veracidade da origem do artefato.
Em
risco o acordo de paz pela suposta conspiração soviética.
Quinn
sai em busca do paradeiro dos sequestradores ajudado por Sam mas a
medida que se aproxima de cada um deles, eles são mortos.
Nessa
busca ele é apoiado por agentes da KGB que também queriam descobrir
a origem e os motivos do explosivo no cinto.
Enquanto
isso o presidente do Estados Unidos, de tal forma traumatizado, não
governa mais, sendo substituido pelo vice-presidente. A situação
chegara a tal ponto que os seus auxiliares próximos pretendiam pedir
que ele deixasse o cargo.
Quinn
descobre que todo o plano fora conduzido por Irving Moss, um
ex-agente da CIA expulso da organização e que fora no Vietnam
duramente agredido no nariz por Quinn quando este constatou a tortura
que praticava contra prisioneiros vietcongs.
Moss
num dos conflitos, domina Quinn e fala em vingança pelo soco que
levara e que dificultava sua respiração.
Prepara-se
para atirar em Quinn mas é alvejado momentos antes por Andrei, um
agente de campo da KGB que seguia todos os passos do negociador.
Quinn
imitando Moss chantageia um dos magnatas de armas, membro da
conspiração, exigindo 5 milhões de dólares para silenciar.
O
magnata vem com uma nota de crédito naquele valor pensando encontrar
Moss, mas se depara com Quinn. Sem vacilar entrega o crédito a
Quinn.
A
conspiração acaba com a morte dos sequestradores e dos traidores.
Nesse
meio tempo, o presidente dos Estados Unidos, apoiado por sua esposa
que se recuperara do trauma da morte do filho Simon, reassume a
presidência e fala à nação que estava de volta à presidência.
Rico,
Quinn numa mensagem cifrada chama Sam e ao se encontrarem prometem
casarem-se.
(*)
Nantucket é uma ilha
americana a mesma onde se desenvolve o enredo do livro “Moby Dick”
de Herman Melville (resenha nº 44).
Curioso
que há na História de Frederick Forsyth um personagem de nome
Melville.
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