A
Autora Jane Austen nasceu em 1775 na Inglaterra; não teve vida fácil porque,
teve desilusão amorosa e morreu cedo, aos 41 anos por “complicações
pulmonares”. É assim que exprime o livreto que acompanhou o livro,
cuja edição é de 2002.
A
indagação que se tem feito sobre a Autora é o seu talento de
escritora, mesmo sendo “tímida e reservada, filha de um clérigo
protestante do interior da Inglaterra viria a produzir livros tão
sofisticados, como uma mulher de temperamento doce...”
“Razão e Sensibilidade”
foi publicada em 1812. (*)
Sim,
é um livro de fácil leitura, com 360 páginas, “discursivo”,
textos longos, cuja exposição dos eventos e caracteres dos
personagens revela o modo (parcial) de vida dos ingleses no seu dia a
dia, numa busca intensa de ocupação, de diversão incluindo a
música, busca de amizades, de convivência.
Quando me refiro a
“ocupação”, não vi nada explícito sobre “trabalho”.
O
enredo, então, segue a linha de que todos têm alguma renda herdada
e vivem uns com mais recursos que outros.
No
primeiro volume os personagens principais, são a sra. Dashwood
casada com Henry Dashwood e suas filhas Elinor (a mais velha),
Marianne e a menina Margaret.
Henry
era pai de um filho do primeiro casamento, John.
Henry
falece e deixa a fortuna para o filho John, incluindo a magnífica
propriedade em Norland Park.
A
esposa de John, demonstrando personalidade forte e avara, dominadora,
o convence a não transferir à madrasta e suas filhas, suas segundas
irmãs os valores adicionais que recomendara seu pai antes do
falecimento.
Ele
e esposa Fanny eram apegados ao dinheiro.
Depois
de um tempo, madrasta e filhas deixam a magnífica residência e se mudam para um
chalé distante cerca de seis quilômetros dali em Devonshire.
Essa
mudança faz com que Elinor fique distante do seu possível
pretendente que amava, Edward, sujeito comedido, sóbrio – cujo
amor era correspondido, pelo que demonstrava.
Marianne
conhece Willoughby após um acidente, sendo levada em braços até
sua casa.
Ela
tinha um outro pretendente, o coronel Brandon, apaixonado. Tivera
desilusão amorosa antes – a mulher que amava se casara com o seu
irmão - e que era considerado “velho” com seus 35 anos.
Nesse
momento ele sai de cena, sem muitas explicações ao receber uma
carta. Mas, o motivo fora acudir sua sobrinha abandonada.
Também,
sem muitas explicações Willoughby, informa constrangido que
precisaria se ausentar para desempenhar algumas missões ordenadas
por sua tia e viaja sem dizer quando voltaria
Marianne
chora muito, por dias, e o espera.
Elinor
é informada por Lucy que Edward era seu noivo havia quatro anos. Ela tem profunda decepção mas se contém.
Há
então, nessas primeiras 130 páginas, muitas reuniões, jantares,
jogos de baralho e os homens eram todos gentis e muito comportados.
O
sentido desse primeiro volume era a “necessidade” de casamento às
heroínas.
No
segundo volume (do mesmo livro) destacam-se além de Elinor e
Marianne, os personagens: a sra. Jennings, suas filhas sras. Middetlon
e Palmer. Sir John era genro da sra. Jennings e alugara o chalé à
viúva Dashwood e suas filhas.
E
também Lucy, prima da sra. Jennings suposta noiva de Edward Ferrans.
A
sra. Jennings convida as irmãs Elinor e Marianne a a acompanharem por
algumas semanas em sua casa em Londres.
Marianne
fica por demais ansiosa porque poderia reencontrar Willoughby.
Manda-lhe bilhetes quando já em Londres, sem que ele responda.
Numa
noite de festas, ela o vê com outra mulher e estranha muito. Pede
explicação que não vem até que Willoughby lhe manda uma carta
dizendo que se casaria com outra mulher, aquela que o acompanhara
naquela noite.
Ela
fica desnorteada, doente, chorando muito, afastando-se de todos.
Todos que sabem do ocorrido lamentam a sorte da linda Marianne que se
torna impaciente com todos.
O
coronel Brandon, pretendente de Marianne conta a verdade sobre
Willoughby que seria um aproveitador e mau caráter. Ele seduzira sua
sobrinha Eliza e a abandonara grávida.
John ressalta a beleza de Elinor pretendendo que Brandon se
interessasse por ela e não por Marianne, muito jovem.
Lucy,
noiva de Edward, de todos os modos tenta a amizade de Elinor que, por
delicadeza, a trata bem.
Os
dias vão se passando repleto de intrigas, mexericos, desfeitas até
que numa recepção, a mãe de Edward trata Lucy muito bem mostrando-se indiferente em relação a Elinor.
Elinor
passa a admitir, então, que a aproximação entre Edward e Lucy pode
se fortalecer.
No 3º volume (do mesmo livro)
No 3º volume (do mesmo livro)
Mas,
a irmã de Edward, Fanny, ao saber pela irmã de Lucy, Anne, do
noivado, tem uma reação inesperada e de repúdio. A mãe de Edward o
deserta e transfere ao seu irmão mais moço os direitos que lhe
pertenceria por ser o filho mais velho, dando-lhe a título de renda
mil libras e praticamente nada ao outro.
Edward
afasta-se da família, mantém o noivado com Lucy e resolve seguir vida religiosa ligando-se a algum presbitério.
Marianne
em Londres, adquire forte gripe, muito doente, corre sério risco de
morte mas se recupera.
Enquanto
doente Marianne, recolhida em seu quarto, Willoughby vai à
residência da sra. Jennings que estava ausente e emocionado revela a
Elinor o amor “eterno” à sua irmã.
Dando
valor às relações sociais e ao dinheiro, por imposição de sua
tia que o perdoaria de tudo, se se casasse com outra mulher, rica,
assim agira com muito sofrimento. Arrependido pelos abusos que
praticara à sobrinha do coronel Brandon, atos de um libertino
conforme classificara a sra. Dashwood (mãe de Marianne e Elinor).
Então,
um dia, Edward vai ao chalé onde moravam as Dashwood, explica que
Lucy se casara com seu irmão Robert que dera um “golpe” na sua
mãe, sra. Ferrars, que lhe garantira renda antes de se casar.
Por
fim, Elinor se casa com Edward, tem início o noivado do velho
Brandon, agora com 37 anos com a linda Marianne, agora com 17 anos.
Todos
os casais com o casamento vivem felizes para sempre.
(*) A história foi filmada em 1996 sob direção de Ang Lee, com elenco de astros.
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