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Sófocles nasceu em 496 e faleceu em 406 a.C
A profecia obtido no oráculo de Delfos, dera ao menino um destino horrível: mataria seu próprio pai e desposaria sua mãe.
A tragédia de Sófocles tem os seguintes personagens principais:
"Concidadãos de Tebas, pátria nossa,
olhai bem: Édipo, decifrador de
intrincados enigmas, entre os homens
e de maior poder - aí está!
Quem, no país, não lhe inveja a sorte?
E agora, vede em que mar de tormento
ele se afunda! Por esta razão,
enquanto uma pessoa não deixar
esta vida sem conhecer a dor,
não se pode dizer que foi
feliz."
"Moral da história": Ninguém escapa do que está escrito a passar na vida, o destino; a busca implacável pela verdade, qualquer que fosse; os mistérios da vida humana a serem desvendados pelo simbolismo da esfinge e as benesses e os castigos a receber e a enfrentar, cada um segundo o seu merecimento. Mas, quem dita essas regras, Zeus?
Sófocles nasceu em 496 e faleceu em 406 a.C
Além de dramaturgo premiado na Grécia, ocupou altos cargos políticos pela amizade com Péricles, este um estadista influente, orador emérito e líder da democracia na "era de ouro" de Atenas.
"Édipo Rei" de Sófocles. escrita lá pelos anos 427 antes de Cristo constitui-se amarga tragédia grega.
Essa peça teria inspirado Sigmund Freud no desenvolvimento de sua
teoria psicanalítica do "complexo de Édipo", por esta frase proferida por Jocasta na peça:
"Não
tenhas medo da cama de tua mãe:
quantas
vezes em sonho um homem dorme com a mãe!
A
lenda de Édipo que antecede a peça teatral de Sófocles contém estes episódios conhecidos:
Édipo
era filho do rei Laios e de Jocasta, reis de Tebas.
A profecia obtido no oráculo de Delfos, dera ao menino um destino horrível: mataria seu próprio pai e desposaria sua mãe.
Por
isso , fora ele atirado ao abandono numa várzea do Citerão pela própria mãe, Jocasta, com um
grampo que prendia seus dois pés para ser morto.
Mas salvo por um pastor e depois adotado como filho legítimo pelos reis de Corinto, Políbio e Mérope que não tiveram filhos.
["Édipo" tem o sentido de "pés inchados", exatamente pelos
grampos que prendiam seus pés, quando encontrado].
Édipo
soube da profecia e imaginando que fosse Políbio e Mérope, seus
pais verdadeiros deixa Corinto e ruma para Tebas.
No
trajeto, por um motivo fútil, uma rusga, Édipo mata quatro dos cinco viajores.
Tebas
era atormentada pela esfinge, monstro com cabeça de mulher e corpo de animal que devorava a todos que não
desvendassem seus enigmas.
Na vez de Édipo o enigma proposto pela esfinge já se preparando para o banquete:
“Qual
o animal que tem quatro patas de manhã, duas ao meio-dia e três à
noite”?
Édipo dá esta resposta:
-
É o homem. Pela manhã ele engatinha com quatro ‘patas’; ao
meio-dia é o adulto que anda com as duas pernas e à noite (na
velhice) ele se vale de uma bastão, três pernas.
Vencida, a esfinge se destrói atirando-se num precipício.
Havia a promessa de desposar Jocasta e se tornar rei de Tebas aquele que vencesse a esfinge.
E Édipo casa-se com Jocasta tornando-se rei de Tebas.
A tragédia de Sófocles tem os seguintes personagens principais:
Édipo, rei de Tebas
Sacerdote
Creonte, irão de Jocasta
Tirésias, o adivinho cego
Jocasta, rainha de Tebas
Emissário de Corinto
Pastor da casa de Laios
Arauto do palácio real
Coro dos anciãos de Tebas.
Édipo se depara com multidão nas suas portas e indaga os motivos daquela aproximação.
O sacerdote ressalta as tragédias que assolam Tebas e acentua:
"Com seu archote flamejante a peste lança-se sobre nós e dizima a cidade; fica vazia a casa dos tebanos e o reino tenebroso dos infernos vai-se enchendo de lágrimas e gritos."
Édipo respondeu que esperava por Creonte, seu cunhado, que fora consultar o oráculo de Delfos.
Creonte se aproxima e diz que os males de Tebas se devem à morte de Laios, o rei que Édipo sucedeu pelo que haveriam que ser descobertos os seus assassinos e punidos severamente.
Acreditava-se que Laios fora morto por um bando de ladrões.
Édipo ordenou que fossem os assassinos descobertos.
Então, fora chamado Tirésias, um vidente que poderia desvendar o assassinato de Laios.
Édipo o interroga e ancião Tirésias que reluta em fazer revelações mas é de tal modo desafiado que acaba dizendo que o rei teria um grande revés e que o homem procurado "passa por estrangeiro mas se verá que é natural de Tebas e essa descoberta lhe será cruel..."
Édipo se revolta e ataca Creonte por ter trazido Tirésias e diz que ele conspirava e desejava conquistar o trono.
Creonte diz,
"Que caia sobre mim a maldição de Zeus, se fiz alguma coisa do que dizes".
Quando Jocasta entra em cena tentando apaziguar o marido e o irmão, repete a versão de que Laios fora assassinado numa encruzilhada por salteadores.
Édipo então indaga da compleição de Laios e se era grande sua comitiva ao ser morto.
À resposta de Jocasta de que Laios tinha semelhança com ele e de que eram apenas cinco na comitiva, Édipo passou a se preocupar.
Jocasta informa que um servo se salvara do massacre.
Era um pastor que ao ver Édipo como rei antes pedira para se afastar de Tebas.
Foi, então, chamado para explicar o que vira naquele dia do assassinato.
Entra o emissário vindo de Corinto e informa que a cidade deseja que também seja de lá, Édipo, o rei, porque Políbio falecera de velhice.
Acreditando que Políbio fora seu verdadeiro pai, Édipo revela sua "libertação" da profecia trágica poque não fora ele quem provocara a morte do rei de Corinto.
O emissário informa a Édipo que Políbio e Mérope eram seus pais adotivos e revela que ele salvara o bebe recém nascido abandonado na várzea do Citarão entregue por um pastor.
Jocasta, a partir daí começa a ficar preocupada,
"Pelos deuses! Se tens amor à vida, põe fim a essa busca! Eu não suporto mais!"
Chega o pastor e depois de muito ameaçado diz a verdade.
Recebera das mãos da rainha o menino para ser morto porque dele havia grave profecia.
Amaldiçoa Édipo aquele que o salvara, que desprendera seus pés propiciando que a profecia se cumprisse e que,
"Eu não viria a assassinar meu pai
nem seria culpado como amante
da criatura que me pôs no mundo...
Agora não há deus que me redima:
sou filho de uma mulher corrompida,
rival do homem que me deu a vida.
Amaldiçoa Édipo aquele que o salvara, que desprendera seus pés propiciando que a profecia se cumprisse e que,
"Eu não viria a assassinar meu pai
nem seria culpado como amante
da criatura que me pôs no mundo...
Agora não há deus que me redima:
sou filho de uma mulher corrompida,
rival do homem que me deu a vida.
Foi então informado de que Jocasta estava morta.
Édipo em desespero,
"Onde está minha esposa que não é esposa alguma, é um útero danado que me pariu e pariu filhos meus!"
Ela praticara o suicídio por enforcamento e Édipo ao ver a cena fura os próprios olhos que sangram.
Então é chegada a hora de sair de Tebas, no cumprimento de seu castigo.
Então é chegada a hora de sair de Tebas, no cumprimento de seu castigo.
Creonte não consente que com ele, cego, vão suas filhas:
"Vai, mas deixa as meninas!
Édipo:
"Não! Não me tirem minhas duas filhas!"
Creonte:
"Não queiras dar mais ordens, obedece! Teu poder terminou."
E o Coro conclui melancólico:
olhai bem: Édipo, decifrador de
intrincados enigmas, entre os homens
e de maior poder - aí está!
Quem, no país, não lhe inveja a sorte?
E agora, vede em que mar de tormento
ele se afunda! Por esta razão,
enquanto uma pessoa não deixar
esta vida sem conhecer a dor,
não se pode dizer que foi
feliz."
"Moral da história": Ninguém escapa do que está escrito a passar na vida, o destino; a busca implacável pela verdade, qualquer que fosse; os mistérios da vida humana a serem desvendados pelo simbolismo da esfinge e as benesses e os castigos a receber e a enfrentar, cada um segundo o seu merecimento. Mas, quem dita essas regras, Zeus?
Esse rigor do destino, afinal de contas não é uma constante até hoje, a despeito do livre arbítrio. O livre arbítrio interfere em experiências essenciais da vida?
ESSA RESENHA PODE SER COMPARADA COM AS OBRAS: PROMETEU ACORRENTADO de Ésquilo e MEDÉIA de Eurípedes. bastando aacessar: