LIVRO 128
O livro foi publicado em 1947.
O francês Camus recebeu o premio Nobel em 1957.
O livro foi inspirado na invasão nazista à França.
A narrativa do livro leva a essa conclusão porque o Autor se refere a covas coletivas, grandes fornos de incineração para resolver as milhares de vítimas do flagelo. E há esta menção quando a doença fora vencida: ... no fim da tarde, em meio aos sinos, ao canhão, às músicas e aos gritos ensurdecedores.
Mas, o livro está repleto de ternuras e solidariedades no meio da tragédia.
Tudo começa, subitamente, com imenso volume de ratos mortos que surpreende a cidade de Oran, pacata e progressiva com porto movimentado,
À medida que os ratos foram aparecendo, teve inicio um surto de febre que para alguns afetados foi fatal. Aqueles gânglios inchados e dolorosos...
Até que foi pronunciado o nome da doença após vacilações: a peste.
A partir dai da cidade ninguém entra e ninguém sai,
Todos se poupam, saem pouco de casa, apenas os cafés recebem algum publico à noite tendo-se a esperança que um soro sendo preparado pelo dr. Castel contenha a doença.
Cães e gatos começam a ser mortos.
[Muitas situações contadas no livro, lembram os tempos da covid-19 que eclodiu no planeta em 2022. Mas, no romance havia a esperança no soro em preparação e não houve quem negasse sua eficácia mesmo na fase experimental].
No pico da doença, muitos foram os mortos: o cemitério esgotado e, na angústia de resolver sobre os cadáveres, a prefeitura recuperou fornos incineradores.
A desorientação de todos fez com que os cafés anunciassem que "quem vinho bebe, mata a febre", incentivando o consumo da bebida e a presença dos "concidadãos".
São Personagens da "crônica" como qualifica o Autor:
Dr. Bernard Rieux: o médico dedicado, visitante que se desdobrou na cura dos doentes mas se mantinha sereno às dezenas de morte que passavam pelos seus cuidados sem possibilidade de cura. A mãe vivia com ele e a esposa estava fora da cidade, para tratamento de saúde, longe da contaminação, mas que viria a falecer.
Joseph Grand: funcionário público, amigo e colaborador de Rieux um dia chorou porque sua esposa o abandonara antes da eclosão da peste.
Rambert: jornalista que estava a trabalho em Oran, nela teve que permanecer porque a doença não permitiu que ele deixasse a cidade. Com saudades da noiva, tentou sair subornando guardas que controlavam a saída da cidade, mas resolveu ficar e ajudar o medico Rieux. Com a cura da peste, sua noiva se reuniu com ele na cidade.
Cottard: representante de vinhos, tentou o suicídio, foi salvo e se tornou amigo do médico e de Jean Torrow. Ele era atormentado porque naquela crise de saúde era contrabandista. Parecia recear que a peste fosse vencida. No final, com a cidade em festa pela cura, ele se armou e começou a atirar a esmo de seu apartamento sendo contido pela polícia.
Jean Tarrow: Estava na cidade pensando em negócios, se uniu à luta contra a doença, sempre aliando das vítimas a partir de um julgamento quando seu pai, por dever de oficio acusou severamente um criminoso. Dizia que buscava a santidade e a paz a serviço dos homens. Aliou-se ao Dr. Rieux. Mas, não teve tempo de alcançar a santidade...
Padre Panelaux: fez sermão severo sobre a doença: "irmãos, caístes em desgraça, irmãos, vos o mereceste", mas logo lembrou que a peste fora uma das pragas anunciadas por Moisés ao faraó se se recusasse a obedecer os desígnios de Deus. O padre também foi vítima da doença.
Frases:
● O mal que existe no mundo provém quase sempre da ignorância, e a boa vontade, se não for esclarecida, pode causar tantos danos quanto a maldade.
● A peste é preciso que se diga, tirara a todos o poder do amor e até mesmo a amizade. Porque o amor exige um pouco de futuro e para nós só havia instantes.
● Depois de um silêncio, o médico perguntou a Tarrow se ele tinha ideia sobre o caminho que era preciso para se chegar à paz. Torrow: — Tenho. A simpatia.
O livro é bom, dá para refletir, especialmente porque descreve situações assemelhadas com os tempos da covid-19 de 2022.
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