Translate

domingo, 30 de março de 2025

A NATUREZA DAS COISAS de Lyall Watson

 LIVRO 137











Há muito lera esse livro que sempre me foi agradável. Por isso, reli. 

O Autor explana sobre eventos estranhos que acontecem em relação às coisas que nos rodeiam ou usamos surpreendendo pelo fenômeno. (*)

E também os encantos principalmente de pedras preciosas ou não.

O autor menciona casos de objetos desaparecidos que ressurgem do nada ou do modo mais inesperado.

Para citar um dos inúmeros casos:

"Colin Hill viajou nas férias de 1976 para Torquay, em Devon, chegando ao porto exatamente quando mergulhadores vinham à superfície com um par de óculos que ele perdera ali em sua última visita, sete anos antes." (*) 

Ele dá destaque especial ao encanto que as pedras produzem nos seres humanos, quer pela sua preciosidade e / ou forma. Elas encantam pela sua "fortaleza" e peso e serviram desde os tempos remotos para registrar inscrições de "civilizações" que se perderam na contagem do tempo.

As pedras segundo apreendo das informações do autor, muitas são reverenciadas. Ele cita o próprio Shakespeare que se ajoelhara tocando as pedras do velho prédio — Teatro Rose — chorando de reverência e assombro por estar em contato com o próprio tecido que um dia fizera eco ao som da Voz do Seu Mestre."

Qual a "mágica" da construção das pirâmides com aqueles blocos colossais?

O autor se refere às tradições musicais, músicas suaves que propiciavam o deslocamento de grandes pedras:

"E sobre a história das pirâmides erguidas com a ajuda do cântico e da canção , de uma alquimia de som produzida por magos e bardos que fazia as pedras dançarem, acalmava as águas e domava bestas selvagens."

Quando a força do pensamento parece agir: 

"Sugiro que talvez possamos estar fazendo o mundo à medida que vivemos. Será que as partículas subatômicas existiam antes de os físicos se porem a procurá-las?" Então, criando aquilo que buscamos descobrir...

Diz, num outro momento do livro que muitas descobertas arqueológicas se deram pela intuição, pelo instinto e, talvez, um pouco pela capacidade psicométrica — essa capacidade, por instrumentos, na "área da psicologia, quantifica aspectos como inteligência, personalidade, aptidões e outros traços psicológicos". 

A alquimia nunca se fixou apenas em criar um "ouro falso" mas pelas experiências que os alquímicos insistiam, visava demonstrar o êxito da experiência, obtendo um "símbolo da imortalidade". Mas, sobretudo, reconhecendo que todos os metais eram organismos vivos.

Fala da estranheza do ferro — esse metal misterioso —, quinhentas vezes mais abundante que o cobre que pode ser transformado numa série de equipamentos desde que descoberta a fornalha.

"Ao que parece, já há provas suficientes para sugerir que os objetos de fato acumulam "lembranças" e que é possível torná-los acessíveis à nossa mente", porque a matéria do mundo seria matéria mental — "acredito que de fato, com a ajuda de intermediários orgânicos deixamos a nossa marca na "matéria do mundo" dando às coisas materiais algumas capacidades insuspeitas."

Reações estranhas são relatadas sobre objetos inanimados, como a boneca acomodada no berço que se torna agressiva, aparições fantasmagóricas de comandante em avião no qual foram instaladas peças de outro acidentado, mortal; estátuas de santo que choram sangue; os sinos de Fiesole, na Itália, tocaram sem ajuda humana quando o peregrino irlandês, Santo Donato que chegara para ser bispo na localidade; motor de carro que começa a funcionar sem a ação humana...tudo na linha da natureza é mistério das coisas.

A edição é de 1997 e o autor já tinha experiências com computadores avançados, já falava em IA - Inteligência Artificial, na robótica e até que ponto no futuro, agora, em 2025 essas máquinas nos substituirão, gradativamente. Elas chegarão a pensar? Elas interagirão com o ser humano, do ponto de vista emocional?

O autor se refere a Issac Assimov que na sua obra de ficção "Eu Robot" estabelece os mandamentos do robô:

1) um robô não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal; 2) os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a primeira lei; e 3) um robô deve proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores. 

Nessa linha, ele se refere ao acidente mortal que vitimou o operário japonês Kenji Urada, de 37 anos que, em 1981, ao reparar um robô sofisticado foi atingido por um braço do equipamento ao apertar o botão de ligar que estava desligado.

O autor se refere ao poderosíssimo Hal 9000 infalível (do filme "2001 - uma Odisseia no Espaço" de Stanley Kubrick, de 1968) que dialogava com os astronautas mas revelando sentimentos assassinos, até ser desligado. (**)


No tocante à robótica, quem acompanhou a evolução especialmente na indústria automobilística, reconhecerá o "estrago" que essas máquinas fizeram nas linhas de produção, substituindo milhares de trabalhadores.

O que esperar da evolução da inteligência artificial, dos robôs, dos computadores — das máquinas belicosas apocalípticas neste planeta que ainda contempla guerras de conquista?

O futuro será de reflexões, de solidariedade ou sempre a beira do extermínio e do apocalipse?

O livro tem muito mais. Ele leva a uma efetiva reflexão sobre o a interação das coisas e no mais, sobre o próximo futuro que nos termos do livro já está chegando.

Referências

(*) Já relatei algumas vezes este evento de "maldade das coisas inanimadas": nos tempos da ditadura, militares de alta patente visitaram a fábrica de Santo André da Chrysler para conhecer a fundição, antiga, na qual o ferro "líquido" rolava soltando faíscas pelas esteiras até às formas. Foi preparado um "Dodge Charger" uma potência de veículo que fora lavado e perfumado. Os militares se acomodaram e o carro não "pegou"; de novo e nada. Vexame. Foi usado um carro menor. O mecânico olhava para o "Charger" perdido nas dúvidas. Já em vias de ser removido para a oficina, assim que os militares se retiraram da fábrica, o veículo funcionou soberbo com aquele som cadenciado do motor aprovado em milhares de Charger e Dart.

(**) Tema correlato, acessar: OS ROBÔS E EU E A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL


NOTA DE DIVULGAÇÃO

Livro 137

A edição que tenho é de 1997. De modo bem interessante o autor registra fenômenos envolvendo "coisas" e assemelhados quando há manifestações insólitas e inusitadas: objetos que desaparecem e ressurgem do nada, o mistério das pedras e sua adoração, sinos que badalam à presença dum santo, automóveis cujo motor se movimenta sem a ação humana mas, sobretudo, o poder dos computadores e, já então, se referindo à inteligência artificial.
Todo mundo sabe do "estrago" que os robôs fizeram na linha de montagem da indústria automobilística extinguindo milhares de empregos. Mas, o avanço dessa tecnologia chegará a que ponto? Os robôs interagirão emocionalmente com os humanos? Os humanos serão substituídos por essa inteligência? Qual o alcance num futuro próximo da IA? O livro reflete sobre isso tudo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário