LIVRO 89
Como foi difícil para mim, (re) ler esse livro! Quando pela primeira vez li a obra, era adolescente. Nem sei dizer se naqueles idos o livro me agradou. O livro foi publicado em meados do século XIX. Esta edição que está comigo, publicação de um curso preparatório de vestibulares (edição de 1999) são de 180 páginas que não evoluíam. Salvo um ou outro costume daqueles tempos, nada me acrescentou.
Seria o livro um clássico pelos seus 170 anos?
E a história de dois Leonardo (s), pai e filho. O pai era português, meirinho, que atuava na praça do Rio de Janeiro. Na viagem de Portugal, Leonardo se relacionara com Maria e quando desembarcaram no Rio de Janeiro ela sentia alguns enjoos.
E nasceu o filho.
Não demora muito e Maria trai Leonardo-Pataca, assim chamado na história.
Uma explosão de ciúmes e agressões que avançou até mesmo na barbearia do compadre.
E nesse dia, o filho Leonardo foi ignorado pelo pai,
Foi, então, "adotado" pelo barbeiro e criado por ele. À medida que ia crescendo o menino Leonardo demonstrava um "gênio" terrível.
Mas, o barbeiro o amava e fazia tudo por ele. Queria fazê-lo padre, mas tão travesso que era que essa aspiração não poderia dar certo. Havia as vizinhas "cortadeiras" que debochavam das travessuras do garoto.
Também a Comadre do barbeiro também muito o jovem Leonardo.
Numa visita de seu padrinho a d. Maria idosa abastada, Leonardo se encantou pela sobrinha órfã da mulher com que vivia. Tímida e feinha o que se deu fora paixão à primeira vista.
Houve algum enlace entre ambos, mas passou a frequentar a casa de d. Maria, um certo aproveitador José Manuel contador de vantagens que mesmo com as intrigas da comadre atribuindo-lhe falso crime. Tudo desmentido. Assim, acabou se casando de modo arranjado com a Luisinha. Melhor: convenceu d. Maria que era um bom partido.
Essa sofreu muito com o malandro que a aprisionava em casa até que deu-se sua morte repentina e Luisinha voltou a ter liberdade...
Com a morte do padrinho barbeiro, Leonardo volta ao convívio do pai que vivia com Chiquinha.
Os atritos entre Leonardo (filho) e a madrasta resultou na sua expulsão da casa do pai.
Sem ter onde ficar, "agregou-se" na casa dos Thomaz da Sé por injunção de um amigo, na qual havia duas irmãs solteironas e a jovem Vidinha, moça corajosa, cantora.
O terror dos desocupados era o major Vidigal e seus carabineiros que chegaram a prender o Leonardo -Pataca por participar de uma festa de ciganos.
Leonardo, filho, foi detido também, mas por desocupação. A corajosa Vidinha saiu em sua defesa. Ele, porém desaparece por um tempo.
Quando volta, surpreende a todos: volta como carabineiro sob o comendo do... major Vidigal (!).
Mas, entre peripécias próprias do seu temperamento, por dó, ele facilita a fuga de Teotônio, um tipo de comediante, fazedor de caretas que o major Vidigal aguardava o momento propício para levá-lo a "Casa da Guarda" porque o artista não tinha o que se chamaria hoje de "emprego fixo". Vivia dessas apresentações.
Descoberta a ajuda de Leonardo na fuga de Teotônio, é ele preso de novo desta vez sob grave acusação a ponto de ser mesmo açoitado.
Então, em desespero, a comadre vai até d. Maria e ambas resolvem visitar Maria Regalada que sabidamente recebia atenções especiais do major Vidigal.
As três vão à casa dele.
Ele rejeita os apelos, dizendo que a falta praticada por Leonardo fora muito grave.
Mas, Maria Regalada chega aos ouvidos do major, cochicha por uns instantes.
Não demora, dá-se a liberdade de Leonardo.
O major Vidigal passa a frequentar a casa de Maria Regalada. Os cochichos deram certo...
Libertado, Leonardo se apresenta perante todos com a farda de um sargento, sargento de milícias.
Seu pai o chama para receber os bens deixado por seu padrinho barbeiro falecido.
E nesse quadro de redenção Leonardo se casa com seu amor a viúva Luisinha.
Morria depois d. Maria e seu pai Leonardo-Pataca. O livro não diz mas e possível que a vida do casal tenha melhorado muito em termos patrimoniais pelas possíveis heranças.
O livro não é somente isso. Mas, para mim foi muito difícil concluir as 180 páginas. Nem sei dizer se o livro é do agrado dos jovens pré-universitários.
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