LIVRO 120
Por quê O Leopardo?
É a designação não muito frequente no livro, do personagem principal, o príncipe Fabrizio. Ele era o Leopardo mas não há explicação desse apelido.
O príncipe é o chefe de família que sente o tempo e a idade e se torna melancólico pelo que não pode divisar à medida que a história avança. Mas, mesmo com tais sentimentos vivia no seu tempo com sua esposa Stella, com os filhos e com a caça.
E deste livro a célebre frase que ocasionalmente se ouve repetir:
— Se não estivermos lá, eles fazem uma república. Se queremos que tudo fique como está, e preciso que tudo mude. Fui claro"
Os personagens do livro são:
● Príncipe Fabrizio Salina e sua esposa Maria Stella
O príncipe era influente na Sisília com seu palacete Donnafugata para onde viaja com a família num trajeto cansativo e poeirento,
Pelo menos o Autor esclarece que o príncipe tomava banho e por causa da presença do padre Pirrone se apresenta desnudo! E, à surpresa do padre:
"Não seja tonto, padre, dê-me antes o roupão e, se não se importa, ajude-me a enxugar."
No tocante à esposa Stella, diz ele que teve sete filhos com ela e que nunca vira sequer o seu umbigo. "Ela que é pecadora" daí porque batia na porta de Marianinna
Não há muito sobre os filhos, há menção a Francisco Paolo (beato? ele tinha ciúmes do primo Tancredi) e Giovanni que desaparecera vivendo em Londres uma vida simples.
E a filhas Concetta, Carolina e Catarina.
● O padre Pirrone sempre presente na mansão do príncipe era seu confessor.
Ele viajou para San Cono e lá fez arranjos para o casamento de um primo e sua sobrinha grávida.
Ao primo: "Deus te abençoe meu filho, ainda que me pareça que não merece,"
● Tancredi o sobrinho querido do príncipe. Ele era admirado pela seu senso de humor e do modo de ser, sempre objetivo e inteligente. Ele demonstrava interesse pela prima Concetta mas ao conhecer a linda Angélica ficou perdidamente apaixonado e o namoro teve início com "cenas" sensuais"— "em descobertas do infernos que o amor depois redimia."
O encanto que ela transmitia era geral, mesmo no príncipe que dançou com ela num baile cheio de pompas.
● Don Calogero muito rico tratado com desdém pelo príncipe mas era tolerado por ser pai de Angélica.
● O cachorro Bendicò presente em toda obra como companhia do príncipe e da família.
O príncipe tinha o hábito da leitura, mas o seu "esporte" era a caça, geralmente de coelhos. Um deles atingido perto de onde partiram os tiros foi assistido nos seus momentos finais pelos caçadores: teve um último frêmito e morreu... "da mistura do prazer de matar, o prazer tranquilizador de se compadecer."
Dom Fabrizio pela idade entra naquela experiência de fim da vida e com ele toda aquela tradição, a própria autoridade de sua presença vai junto se extinguindo: "O silêncio era absoluto. Sob aquela altíssima luz, dom Fabrizio não ouvia senão o som interior da vida que irrompia de si aos borbotões."
A história se situa na década de 1860. Em maio de 1910 vamos encontrar já idosas as três irmãs e a viúva Angélica (de Tancredi).
Concetta impaciente com religiosos sobre a utilização da capela da propriedade. Então, disse o religioso que apressaria a reconsagração e por isso, por três ou quatro dias, "não se poderá celebrar na vossa capela o ofício divino..."
Nada mais de influências, nada mais de comemorações apenas a decadência que o tempo impôs.
Eu gostei do livro. A edição que está comigo, tem tamanho menor com 318 páginas.
► A história foi filmada em 1963 com elenco de estrelas.
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