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segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

NOSSA HERANÇA DO EGITO ANTIGO de Rodman R. Clayson, F.R.C.

  LIVRO 134











A edição que está comigo é de 1980.

Um livro de fácil compreensão que resolvi ler pela quantidade de documentários sobre o Egito antigo. Segundo tabela na final da obra, a primeira dinastias começa em 3100 AC se encerrando em 395 DC, já sob domínio greco-romano.

O livro faz parte da "Biblioteca Rosacruz".

Livro fácil de ler mas com muitas informações. Selecionei alguns conceitos e ensinamentos para dar uma ideia do conteúdo da obra.

Conceitos e ensinamentos:

° Os primitivos egípcios tinham no deus-sol, Ra,  sua principal divindade e o faraó era "Filho de Ra" ou filho do sol. Novos deuses, com o tempo, iam sendo aceitos.

Em Tebas, o deus passou  a ser conhecido como Amon-Ra, unindo o poder criador do sol com o poder criador do ar.

A religião era estável e bela. Ela defendia o conceito de que o universo fora criado por toda a eternidade e invariável.

O deus Osíris é aquele que faz os mortos renascerem. A concepção de reencarnação nasceu no Egito, as crenças de ressurreição, imortalidade da alma, da consciência...

° Nessa conceituação religiosa mais de 70 pirâmides foram construídas a certa distância das margens do Nilo, começando por Gizé. Três delas são encontradas em Gizé, a mais famosa a Grande Pirâmide do Faraó Quéops. 

Também o Templo de Carnac, em Tebas.

A Grande Pirâmide cobre uma área de 52.611 m². Cada lado possui 228 m com 148 m de altura com 2,3 milhões de blocos de granito, pesando em média 2,5 toneladas cada um. Blocos maiores chegam a pesar 15 toneladas. Há dúvidas se Quéops construíra essa pirâmide imensa como túmulo dele, um templo de aprendizado ou um monumento a si próprio.

Como conseguiram edificar essas pirâmides monumentais, templos, cortar granito, com ferramentas de cobre endurecido a martelada? Como iluminavam recintos sem luz, subterrâneos nos túmulos para esculpir figuras no granito, pintar nas paredes. Como transportavam obeliscos de até 300 toneladas em trenós e barcaças? E como os erguia?

° Os egípcios acreditavam na vida após a morte. A sobrevivência depois da morte dependia em grande parte da preservação do corpo daí o embalsamamento. Desse modo Ka teria bom conforto, acreditando-se que Ka fosse a personalidade da alma. A morte era a vida prolongada eternamente. Esse pensamento era profundamente inspirado pelo renascimento diário do sol e pelo renascimento anual do Nilo com suas cheias.

As múmias, milhares delas, em meados do século 19 foram vendidas e se tornaram matéria prima de papel. Elas também foram combustível para locomotivas a vapor no Egito, porque no país não havia madeira. 

° A sociedade era parte de uma concepção divina e universal. Maat era o sentido das leis da natureza, do divino,  aquilo que é direito, justo ou verdadeiro. O conceito de justiça social, para todos os homens, uma cultura civilizada e a crença no poder de Ra, universal.

° O coração de um homem é seu próprio deus, "e meu coração está satisfeito com meus atos". O coração seria o que se traduz como consciência.

° Os animais tinham importância religiosa, viam neles o inumano ou o sobre-humano. Os animais nunca sofriam modificações, tal qual o nascer e o pôr-do-sol.  Sendo divinos, as divindades recebiam a figuras humanas com a cabeça dos animais que lhes eram sagrados. Era crença comum que os deuses se manifestavam em animais.

° Na arte as estátuas não poderiam retratar a fragilidade humana. A estátua da rainha Nefertiti, esposa  do faraó Aquenaton revela que fora ela uma das mulheres mais belas dos tempos egípcios.

° Os egípcios eram felizes em sua vida familiar. Eram carinhosos com as mulheres e à mãe. Casamento monogâmico, mas os homens poderiam manter concubinas. 

Eram higiênicos, com banhos constantes.

° Na medicina o coração fora "desvendado": vasos vão para todo o corpo. 

Usavam medicamentos minerais, anestésicos, talas para membros fraturados e outros tratamentos complexos.

° O faraó Tutmés III é considerado um dos mais ilustres de seu tempo (1490-1436 AC)

Aquenaton — que significa viver em Maat - a verdade — faraó no lapso de 1369-1344 AC rompeu com os sacerdotes de Amon, introduziu o deus único, Aton — o sol, porque como revolucionário religioso, queria libertar o povo da magia, da superstição primitiva e do culto a muitos deuses. A bela Nefertiti também era muito dedicada à religião de Aton. 

Aquenaton e a própria Nefertiti deixaram Tebas e mudaram a corte para uma nova capital, Aquetaton - "o horizonte de Aton."

Com o tempo os sacerdotes voltaram a dominar a religião, voltaram os deuses de antes e o corte voltou para Tebas.

Nessa nova religião do deus uno introduzida por Aquenaton havia a volta à natureza, à bondade e à beleza encontrada nela.

O salmo 104 e a semelhança com um dos hinos de louvor a Aton:

Salmo 104                                                                    Hino de Aquenaton

Bendize, ó minha alma, ao Senhor.   |  Teu alvorecer é belo no horizonte do céu,        

Senhor, Deus meu, tu és                        Ó, Aton vivo. Começo da vida!

magnificentíssimo, estas vestido           Quando surges no horizonte oriental do céu       

de glória e de majestade                        Enches toda a terra com tua beleza                       

° CLEÓPATRA: o Templo de Hator era de Cleópatra, "a rainha dos reis" que, na atmosfera trágica e desesperançada que a cercava seduziu Cesar, casou-se com Marco Aurélio, esbanjou sua fortuna com Otávio Augusto e preferiu o suicídio, a ser humilhada diante de Roma.


O livro não faz referência à Grande Esfinge, apenas uma foto com esta legenda: "A Grande Esfinge, situada em Gizé, é uma das inúmeras esfinges do Egito. E a maior escultura do mundo antigo".


Claro que o livro, que pode ser encontrado no mercado livreiro, com 187 páginas tem muito mais do que esses excertos. Bom livro.


NOTA DE DIVULGAÇÃO

Livro 133
Resolvi ler este livro porque achava que poderia dar uma visão diferente aos mistérios do antigo Egito. A edição é de 1980 e o autor um membro da Ordem Rosacruz.
E há, realmente, passagens diferenciadas da vida, dos deuses e das construções monumentais dos templos e pirâmides, cujos blocos de granito de toneladas são inexplicáveis quanto ao transporte (por trenós, barcaças?) e mesmo o levantamento para fixação nas obras. Equipamentos de hoje não suportariam tanto peso.
As ferramentas eram de “cobre endurecido a marteladas”, suficientes para o corte do granito bruto?
No último terço do século 19 eram tantas as múmias descobertas que foram vendidas para uma fábrica de papel e o Egito as usou para acionar locomotivas a vapor, por falta de madeira!
Mas, o destaque maior se refere ao faraó Akenaton e sua bela esposa Nefertiti que romperam com a religião e superstição de múltiplos deuses adotando o deus-Sol, Aton, criador de todas as coisas e a volta à natureza e à bondade.
Mas, esse deus uno não durou muito, os sacerdotes com o tempo voltaram aos múltiplos deuses.
O livro não traz estudos ou considerações da esfinge, mencionada apenas de passagem numa legenda de foto.
Livro fácil de ler, interessante.

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