LIVRO 134
A edição que está comigo é de 1980.
Um livro de fácil compreensão que resolvi ler pela quantidade de documentários sobre o Egito antigo. Segundo tabela na final da obra, a primeira dinastias começa em 3100 AC se encerrando em 395 DC, já sob domínio greco-romano.
O livro faz parte da "Biblioteca Rosacruz".
Livro fácil de ler mas com muitas informações. Selecionei alguns conceitos e ensinamentos para dar uma ideia do conteúdo da obra.
Conceitos e ensinamentos:
° Os primitivos egípcios tinham no deus-sol, Ra, sua principal divindade e o faraó era "Filho de Ra" ou filho do sol. Novos deuses, com o tempo, iam sendo aceitos.
Em Tebas, o deus passou a ser conhecido como Amon-Ra, unindo o poder criador do sol com o poder criador do ar.
A religião era estável e bela. Ela defendia o conceito de que o universo fora criado por toda a eternidade e invariável.
O deus Osíris é aquele que faz os mortos renascerem. A concepção de reencarnação nasceu no Egito, as crenças de ressurreição, imortalidade da alma, da consciência...
° Nessa conceituação religiosa mais de 70 pirâmides foram construídas a certa distância das margens do Nilo, começando por Gizé. Três delas são encontradas em Gizé, a mais famosa a Grande Pirâmide do Faraó Quéops.
Também o Templo de Carnac, em Tebas.
A Grande Pirâmide cobre uma área de 52.611 m². Cada lado possui 228 m com 148 m de altura com 2,3 milhões de blocos de granito, pesando em média 2,5 toneladas cada um. Blocos maiores chegam a pesar 15 toneladas. Há dúvidas se Quéops construíra essa pirâmide imensa como túmulo dele, um templo de aprendizado ou um monumento a si próprio.
Como conseguiram edificar essas pirâmides monumentais, templos, cortar granito, com ferramentas de cobre endurecido a martelada? Como iluminavam recintos sem luz, subterrâneos nos túmulos para esculpir figuras no granito, pintar nas paredes. Como transportavam obeliscos de até 300 toneladas em trenós e barcaças? E como os erguia?
° Os egípcios acreditavam na vida após a morte. A sobrevivência depois da morte dependia em grande parte da preservação do corpo daí o embalsamamento. Desse modo Ka teria bom conforto, acreditando-se que Ka fosse a personalidade da alma. A morte era a vida prolongada eternamente. Esse pensamento era profundamente inspirado pelo renascimento diário do sol e pelo renascimento anual do Nilo com suas cheias.
As múmias, milhares delas, em meados do século 19 foram vendidas e se tornaram matéria prima de papel. Elas também foram combustível para locomotivas a vapor no Egito, porque no país não havia madeira.
° A sociedade era parte de uma concepção divina e universal. Maat era o sentido das leis da natureza, do divino, aquilo que é direito, justo ou verdadeiro. O conceito de justiça social, para todos os homens, uma cultura civilizada e a crença no poder de Ra, universal.
° O coração de um homem é seu próprio deus, "e meu coração está satisfeito com meus atos". O coração seria o que se traduz como consciência.
° Os animais tinham importância religiosa, viam neles o inumano ou o sobre-humano. Os animais nunca sofriam modificações, tal qual o nascer e o pôr-do-sol. Sendo divinos, as divindades recebiam a figuras humanas com a cabeça dos animais que lhes eram sagrados. Era crença comum que os deuses se manifestavam em animais.
° Na arte as estátuas não poderiam retratar a fragilidade humana. A estátua da rainha Nefertiti, esposa do faraó Aquenaton revela que fora ela uma das mulheres mais belas dos tempos egípcios.
° Os egípcios eram felizes em sua vida familiar. Eram carinhosos com as mulheres e à mãe. Casamento monogâmico, mas os homens poderiam manter concubinas.
Eram higiênicos, com banhos constantes.
° Na medicina o coração fora "desvendado": vasos vão para todo o corpo.
Usavam medicamentos minerais, anestésicos, talas para membros fraturados e outros tratamentos complexos.
° O faraó Tutmés III é considerado um dos mais ilustres de seu tempo (1490-1436 AC)
Aquenaton — que significa viver em Maat - a verdade — faraó no lapso de 1369-1344 AC rompeu com os sacerdotes de Amon, introduziu o deus único, Aton — o sol, porque como revolucionário religioso, queria libertar o povo da magia, da superstição primitiva e do culto a muitos deuses. A bela Nefertiti também era muito dedicada à religião de Aton. Com o tempo os sacerdotes voltaram a dominar a religião.
Nessa nova religião do deus uno introduzida por Aquenaton havia a volta à natureza, à bondade e à beleza encontrada nela.
O salmo 104 e a semelhança com um dos hinos de louvor a Aton:
Salmo 104 Hino de Aquenaton
Bendize, ó minha alma, ao Senhor. | Teu alvorecer é belo no horizonte do céu,
Senhor, Deus meu, tu és Ó, Aton vivo. Começo da vida!
magnificentíssimo, estas vestido Quando surges no horizonte oriental do céu
de glória e de majestade Enches toda a terra com tua beleza
° CLEÓPATRA: o Templo de Hator era de Cleópatra, "a rainha dos reis" que, na atmosfera trágica e desesperançada que a cercava seduziu Cesar, casou-se com Marco Aurélio, esbanjou sua fortuna com Otávio Augusto e preferiu o suicídio, a ser humilhada diante de Roma.
O livro não faz referência à Grande Esfinge, apenas uma foto com esta legenda: "A Grande Esfinge, situada em Gizé, é uma das inúmeras esfinges do Egito. E a maior escultura do mundo antigo".
Claro que o livro, que pode ser encontrado no mercado livreiro, com 187 páginas tem muito mais do que esses excertos. Bom livro.