LIVRO 81
A edição que tenho comigo é de 1975 (2ª edição). Depois dessa outras vieram.
O livro é difícil porque explana não apenas sobre "plantas" mas proposições biológicas, de engenharia, de física e também... esotéricas - a força da mente sobre a matéria e, sobretudo, a força da mente, do sensitivo particularmente, sobre o contato e crescimento das plantas.
Não é, pois, um livro fácil e em muitas páginas maçantes - nem por isso menos importantes, mesmo com a contradição que formulo - vão se repetindo experiências diversas em relação às plantas, à sua suposta captação de agressividade ou de amor pelos humanos que a rodeiam, a tratam ou a destroem. (*)
E, então, na preocupação dos Autores em esgotar o quanto possível qualquer experiência conhecida, então, em sequência e sistematicamente abordam outros pesquisadores num sem número de informações e análises
Pode ter um pouco daquilo que se chamou de "realismo fantástico" quando o leitor pode acreditar ou não no que descrito. Houve cientistas que às evidências não acreditaram em muitas experiências que deram certo, porque esses resultados poderiam ter se dado pela influência mental de pesquisadores sensitivos.
A mensagem é de preservação e cuidados com as plantas, que tem sua "alma vivente" - sua vontade de viver florescendo nos locais mais improváveis - e interagem com a própria vida do planeta no seu todo. Os cuidados com o solo é a descontinuidade de adubos químicos.
Há uma indagação interessante: as planta rompem com a lei da gravidade ao levar para os altos, quantas vezes por metros acima do solo, sua seiva e eu acrescento, também a água para produzir frutos. São as raízes espécie de bomba d'água? O que dizer, para ficar num exemplo simplório, a frutificação das laranjas e a abundância do seu sumo?
A planta teria memória de temor e amor.
Do prefácio resumo e transcrevo porque me parece que aqui está a questão central:
Um policial surpreendeu-se pela reação de uma dracena ao instalar, “impulsivamente”, os eletrodos de um detector de mentiras em suas folhas. E ficou estarrecido: “as oscilações da agulha do galvanômetro sobre o painel em movimento desenhavam uma curva semelhante à obtida ao submeter-se o ser humano a um estímulo emotivo de breve duração.”
E na sequência da experiência:
“Decidiu então submeter a folha a uma ameaça maior: queimar a folha. No instante exato em que teve esse pensamento, antes mesmo de apanhar a caixa de fósforos, a agulha se pôs a oscilar freneticamente. Por mais absurdo que parecesse, a planta havia lido o pensamento do policial."
Bom, essas reações se deram sem estímulos sensitivos como discorre o livro em inúmeros casos parecidos,
Mas, no livro entre centenas de informações pode-se ler:
a) A sensibilidade que se manifesta além da compreensão da física "as plantas podem chegar a um estado de comunicação com seus donos, depois de sensitizadas ou condicionadas por eles, tornando-se então capazes de reagirem às suas emoções ou estado de espírito." (*)
b) "Talvez os verdadeiros extraterrenos sejam as plantas - observa Lawrence - pois elas transformam um mundo mineral primitivo num habitat adequado para o homem, segundo processos que se avizinham da mais perfeita mágica".
c) O jornalista soviético num artigo no jornal Izvestiya com base em estudos de Bachster diz que as plantas podem ter algum rudimento altruísta, "mas omitiu, no entanto, estranhamente a mais extraordinária descoberta do pesquisador americano - a de que um filodendro percebera sua intenção de lhe fazer mal."
d) "Porque há de o espírito universal assentar-se menos firmemente na natureza que nos seres humanos, perguntava Fechner e por que há de exercer o poder da natureza um comando menor que o que exerce sobre nossos corpos?"
e) Burbank (Luther): um sábio conseguia "milagres" com suas plantas. Quando queria que uma determinada planta se desenvolvesse de "um modo peculiar" se ajoelhava e conversava com ela. Após um terremoto violento em 1906 em São Francisco com forte destruição manteve intacto para sua surpresa nos jardins de Sta, Rosa uma estufa que poderia "ter sido protegida graças à sua comunhão com as forças da natureza e do cosmo e ao seu sucesso no cultivo de plantas". O Iogue Yogananda relata que Burbank lhe dissera durante uma vista em 1924 que além do conhecimento científico no cultivo das plantas, deve prevalecer o amor. Diz o Iogue que Burbank no Webster's New International Dictionary é sinônimo de bem cultivar e melhorar plantas. (**)
Yogananda foi presenteado por Burbank com um cacto sem espinhos que assim se manifestara por influência mental do cientista.
f) Carver, tendo lampejos de inspiração, sugeriu aos agricultores que detinham terras esgotadas pelo plantio de algodão, que plantassem amendoim cujo produto seria muito mais rentável em vez de entregar o legume aos porcos. Pelo óleo, pela manteiga, e por inúmeros outros subprodutos constituindo-se alimento superior a par de saboroso, nutritivo.
g) As experiências com música, as clássicas postas ao "ouvido" das plantas se voltam ao aparelho do qual se origina o som. Quanto ao rock, os resultados não foram bons, as plantas consumiam mais água, suas folhas eram mais miúdas. As "tratadas" com música clássica se desenvolviam mais e mais rapidamente.
h) Os russos Kirlians e sua máquina de captar a aura das folhas: "Clarões brancos, azuis, vermelhos e amarelos foram captados em imagens ao irromperem do que pareciam ser canais na folhas". "Quando Moss à queima-roupa perguntou-lhe (ao pesquisador soviético Inyushin) se seu corpo bioplasmático [captado em fotos kirlinianas em corpo humano] era o mesmo a que a literatura ocultista ocidental se refere a aura ou corpo astral, Inyushin responde que sim".
i) Por uma série de experiências pesquisadores concluem que o adubo orgânico, que se recicla até pelos resíduos de produção agrícula anterior é saudável para a terra que não se esgota, que não se cansa. Os fazendeiros Lindberg, produtores de arroz integral, tinham aprendido com o pai que o fazendeiro tem a obrigação de cuidar de sua terra tornando-a nas melhores condições possíveis para as gerações futuras, "filosofia que, aplicada em escala mundial, podem fazer desse planeta um Éden."
j) Há muitas explanações sobre a rabdomancia (radiestesia) que tem se prestado a uma série de experiência, inclusive sobre a qualidade da comida, da vitalidade humana e até o mais comum: encontrar água no subsolo quer pelo efeito de uma simples forquilha de um vegetal, um cristal, ou até mesmo equipamentos inventados para colher os resultados. O pêndulo pode ser um detector de mentiras se a pessoa é "infiel ao que pensa, altera o cumprimento de onda, fazendo-os mais curtos e negativos."
[Acrescento: por três vezes, na simplória busca de água em terrenos improváveis, funcionou a radiestesia, uma vez um pêndulo de cristal (por um radiestesista "profissional") e outras duas vezes, com forquilhas de amoreira por pessoas práticas].
k) Bovis e Simoneton defendem a tese de que o ser humano deveria se alimentar somente de "frutas, legumes, amêndoas, peixes frescos - que emitem radiações superiores à sua própria média de 6. 500 (de radiações) - para que energizem e se sintam saudáveis." As carnes e o pão branco malfeito, diminuem a vitalidade já existente no corpo, em vez de ativá-la. Esses alimentos parecem cansar mais após consumidos.
l) Diz McInnes que toda a criação é interdependente: "Aumentamos nossa própria dor quando deliberadamente causamos dor a outros", inclusive o sofrimento nas experiências com cobaias. A criação inteira sofre quando as plantas são dizimadas aos milhões por herbicidas químicos. [Acrescento: incêndios e devastações para fins comerciais] .
m) A técnica radiônica, uma forma de emissão de energia foi aplicada para controle de pragas pela simples radiação de um veneno através de uma foto das plantações. Dizem os Autores, que o governo pode ter se alarmado com a técnica que poderia ser utilizada militarmente dizimando cidades inteiras. Não há notícias de que tal técnica evoluiu mesmo no meio agrícola ou militar.
"Como disse Nicola Tesla, o gênio americano, nascido na Sérvia: "No dia em que a ciência começar a estudar os fenômenos não físicos, fará mais progresso numa só década do que em todos os séculos anteriores de sua existência."
Estes são excertos que selecionei, num livro de 324 páginas com fonte reduzida. A obra, como afirmado, tem muitas, muitas informações e teorias que podem ter ficado apenas nas páginas do livro. Há explanações de sensitivos e suas experiências sobre as plantações e os resultados promissores.
"Enquanto o cientista moderno tropeça no segredo das plantas, o vidente vai longe e propõe soluções incríveis, mas que fazem mais sentido que o palavreado empoeirado dos acadêmicos".
Por fim, informou que o livro não é de apenas uma leitura. Os que se animarem a lê-lo, saibam que precisarão de uma segunda leitura, pelo menos.
CONCLUSÕES
O livro destaca sobretudo a reação das plantas em relação aos humanos, às pragas ao solo bom ou ruim num conjunto solene de interdependência entre os seres que habitam este planeta, Não explanam os Autores sobre os efeitos danosos que se dão com a devastação florestal, salvo os milhões de plantas exterminadas por herbicidas químicos.
Mas, é inegável que a devastação de florestas se constitui num dos maiores abusos que o ser humano pode praticar, porque pode afetar o solo, a fauna que fica sem seu habitat, a água que verte entre a mata fechada, o aumento da poluição e a seca.
É claro, que o enfraquecimento das defesas do planeta ou a simples falta delas podem gerar muitos males perceptíveis ou não, até mesmo pandemias.
Cada vez mais da natureza que o homem despreza ressoa um grito silencioso mas eloquente advertindo que a insanidade da devastação tem consequências sérias sobre a vida interdependente no planeta.
Referências:
(*) "A alma das florestas e os animais viventes". Acessar:https://martinsmilton.blogspot.com/2020/05/a-alma-das-florestas-e-os-animais-almas.html
(**) "Autobiografia de um Iogue" de Paramahansa Yogananda. Acessar: https://resenhadoslivrosqueli.blogspot.com/2020/03/autobiografia-de-um-iogue-de.html