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quarta-feira, 28 de junho de 2017

ANA KARENINA de Leon Tolstoi

LIVRO 4



O livro de Leon Tolstoi foi publicado na íntegra em 1877.

Ana Karenina era uma mulher lindíssima. Casada, levando vida tranquila com seu marido brilhante, mas sem brilho, frequentava a sociedade irradiando encantos.

Conhece um aristocrata de seu núcleo social (Vronski) e por ele se apaixona perdidamente. Não esconde o seu amor.

Pensara ela num momento de corrida de cavalos da qual estava presente, sua paixão:

“Sou uma mulher má, uma mulher perdida”, pensou, “mas não gosto de mentira, não suporto a mentira, e ele (o marido) alimenta-se da mentira. Sabe tudo, vê tudo, e no entanto é capaz de falar com toda esta tranquilidade.”

O relacionamento de Ana e Vronski amadurece. Ana Karenina renuncia a tudo, ao marido, ao filho decidindo-se a se unir ao homem que ama perdidamente. E que é correspondida talvez não com a mesma intensidade.

Seu marido sofre muito com a decisão da mulher, sente-se humilhado no meio social onde gozava de prestígio.

Os amantes por isso tudo, ficam algum tempo longe da sociedade, viajam pela Europa. A mulher está feliz com sua nova vida ao lado de seu amor.

Com o tempo, não obtendo o divórcio, recusado pelo marido, começa a perceber que a rejeição à sua conduta cresce na sociedade conservadora. Evita as reuniões sociais.

Mais a frente, entra num processo de desespero, receio de que Vronski a abandone tantas são as dificuldades em ver aceita a sua relação, torna-se irascível e ciumenta.

E nesse quadro de autodestruição, não mais suportando aquela situação que afronta a sociedade, infeliz, põe fim à vida de um modo violento atirando-se na frente de um trem em movimento.

Seu gesto em alimentar a paixão não poderia ser compreendido perante aquela sociedade conservadora e hipócrita, afinal fora ela quem abandonara seu lar, seu marido honesto, seu filho.

Ora, tudo por amor. O que isso significa?

No romance de Tolstoi transcorre, paralelamente, a história de outro personagem, Lievin, proprietário de propriedade, que se fixara no campo, amigo dos tempos de escola com Oblonski, membro da sociedade moscovita e cunhado de Kitty, linda mulher. Lievin se apaixonara por ela e voltara para Moscou com o objetivo de a ela se declarar, mas sua timidez era um obstáculo. Mas, por fim, Lievin e Kitty se casam e vivem felizes.  As linhas finais do livro revelam isso. 

Interessante romance, embora secundário que não desvia as atenções da narrativa sobre Ana Karenina e sua tragédia.

'MORAL DA HISTÓRIA":

Para mim, por tudo o que contém a obra de Tolstoi, publicada vinte anos depois, é superior à Madame Bovary de Gustave Flaubert. 


A personagem Ana Karenina pela sua coragem renuncia a uma vida estável, de luxo, a respeitabilidade que adquirira na sociedade por uma amor praticamente impossível que a consumiu até o suicídio.

Ema Bovery partiu para a licenciosidade em situação medíocre de vida e adultério.



                                                                                                                           
Dom Casmurro













Entre nós, a obra "Dom Casmurro" de Machado de Assis, está sempre em evidência naquela pergunta clássica e já beirando o século, se Capitu traiu Bentinho com Escobar. 

Afinal o filho do casal, Ezequiel, era parecido com Escobar.

[Saibam que me deparei com um caso de investigação de paternidade, de mãe loira e pai quase mulato. O filho loiro de olhos azuis, pela aparência, não poderia ser filho do varão mulato até porque a mãe já se relacionara com um noivo loiro, com todas as características do menino. Pois, o exame de DNA não deixou dúvidas: o pai era o quase mulato...]

Diante disso, perdoem minha proposição herética: nomeie-se um escritor famoso para fazer um epílogo na obra "Dom Casmurro", informando qual foi o resultado, finalmente, do exame de DNA tardio, dando a certeza de quem é o pai verdadeiro de Ezequiel.

Com isso fica salvaguardada a honra de Bentinho e Capitu. Ou não?

Acessar: DOM CASMURRO

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